domingo, 8 de janeiro de 2012

Tudo que eu guardei dentro de mim transbordou.

Nesse mundo tirano, eu lutava contra o divino e profano, lutei contra a alma e contra a carne. Nessa terra negra onde me afundo, sinto cheiro de morte e desespero, uma mescla muitas vezes obscena, ou até mesmo agonizante. O céu escuro tomava conta dos meus dias monótonos, a vida não fazia sentindo algum, perguntava ao Deus que deveria existir sobre o motivo da minha existência. O questionei impiedosamente inúmeras vezes, procurando uma resposta que eu sabia que nunca teria. Os dias continuaram nublados e nenhum anjo aparecia para me tirar daquele abismo dentro de mim mesmo. Dia 10 de Junho de dois mil e onze. Te encontrei. Não era como aqueles anjos estereotipados, loiros, com asas imensas. Mas vocês dois tinham algo em comum. Aquele brilho absurdo capaz de cegar qualquer um. Aquela alma que chamaria a atenção de qualquer ser habitante da Terra. Um coração de vidro, mas que por dentro dele havia sangue pulsando. Aquele sorriso de ferro que conseguia enganar até os olhos mais atentos, as mentes mais sábias; menos a mim. Eu sim sabia daquelas dores ocultas pelo som da risada que você dava. Eu sabia mais sobre todo aquele silêncio da tua voz do que quando fala algo. Mesmo com todo aquele medo de me destruir outra vez, decidi encher o peito (de amor) e me entregar. E me entreguei. Até mesmo agora, sou totalmente dependente de você. Sou dependente daquele anjo sem asas, sem auréola, sem cachos dourados. Eu sou dependente daquela menina-anjo que tem os cabelos castanhos, sorriso largo e o coração mais lindo que alguém pode guardar no peito. Aquele carinho personificado em forma de garota. Ela pode não ser assim para mais ninguém, talvez as pessoas não a vejam como eu vejo. Talvez as pessoas não enxerguem a verdadeira face que ela tem; olhos transbordando de pedidos de atenção, lábios que imploram por beijos, mãos que anseiam pelo corpo para poder tocar. Minha atenção. Meus beijos. Meu corpo. Eu. E é por isso e por muito mais que eu a quero só pra mim. Prefiro que seja eu a única pessoa que a veja desse modo. Egoísmo. Quero ser a única pessoa importante na sua vida. Quero ser a única a quem ela permita ser afagada de todas as formas. Eu realmente, realmente a quero só pra mim.

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